Escritos Vinnodhianos Para Ler e Pensar
Colonialismo
Fenômeno político-econômico iniciado por volta de 1500 através do qual várias nações européias descobriram, conquistaram, povoaram e exploraram enormes áreas do mundo. O Colonialismo teve início com o surgimento das nações-estados européias: Inglaterra, França, Portugal, Espanha e Países Baixos. Após a abertura da rota marítima através do sul da África em 1488 e a descoberta da América em 1492, expedições de exploração e conquistas foram enviadas pela maioria das nações da Europa Atlântica. Portugal capitaneou o caminho das descobertas. Os Portugueses ampliaram a costa oeste do Brasil e o leste do Oceano Índico, ali eles negociaram sem competição até aos poucos outras nações viessem derrubar o seu monopólio. Depois da descoberta de Cuba por Cristóvão Colombo, as Bahamas, e Hispaniola (atualmente conhecida como Ilha de São Domingos. Politicamente dividida em República do Haiti e República Dominicana) pela Espanha em 1492, outros navegadores espanhóis reivindicaram o Brasil e o Istmo do Panamá. A conquista da América espanhola iniciou com a ocupação das maiores ilhas das Índias Ocidentais. Posteriormente, encorajados pela ocupação do Império Asteca no México por Hernan Cortez, o qual lhe granjeou grandes quantidades de ouro e prata, os espanhóis estabeleceram um império americano que ia desde o Chile até o sul do México (atual Califórnia) incluindo a atual área conhecida como Florida. No início do século XVI os holandeses se tornaram os líderes do poder naval e comercial em toda a Europa, o Império asiático se desenvolveu rapidamente depois da criação da Companhia Holandesa das Índias Orientais em 1602 a qual era composta pelos países: Batávia (atual Jacarta), Java, China (entreposto comercial), Japão, Índia, Ceilão (atual Sri Lanka), Pérsia (atual Irã). A França estava embargada em decorrencia de complicações surgidas no continente europeu, pois era uma fraca administradora do seu império ultramarítimo. O povoamento do novo mundo francês iniciou-se após a expedição de Giovanni da Verrazano em 1524 e da exploração do Rio St. Lawrence. Samuel de Champlain viajou para Nova França (Canadá) em 1603 e fundou Quebec em 1608, entretanto, só obteve o status de província real a partir de 1663. A colônia cresceu lentamente e em 1754 havia somente 55.000 habitantes. A Companhia Inglesa das Índias Orientais (fundada em 1600) coma anexação da Índia, uma grande façanha executada por Robert Clive. As 13 colônias que a Inglaterra fundou (1607-1732) na costa leste da América do Norte que vieram a se tornar mais tarde a semente do que são hoje os Estados Unidos da América. Tomada das mãos dos bretões na famosa Guerra das Colônias ocorrida no século XVIII. A guerra contra a Espanha travada no reinado da Rainha Anne da Inglaterra, finalizou-se em 1713, a Inglaterra ganhou Newfoundland (Terra Nova), Nova Scotia e parte do norte do Canadá. A bem sucedida conclusão das guerras contra a França e a Índia em 1763 granjearam para Bretanha toda a América do Norte até o leste do Rio Mississipi. A primeira grande era colonial culminou com o Império Britânico sendo o mais opulento dentre todos os outros que pertenciam ao sistema colonial europeu. O poder marítimo da Inglaterra propeliu o império para o sul do pacífico, leste da Ásia, Atlântico Sul bem como para as costas da África. A perda das 13 colônias americanas em 1783 foi um duro golpe, ainda que contrabalançado pela possessão da Índia após derrotar a oposição Maratha em 1803 e pelo povoamento da Austrália e do Caribe. Contrastando com isto o crescimento das colônias de Portugal e da Espanha foram afetados durante as Guerras Napoleônicas. A ocupação francesa da Península Ibérica em 1807 causou o afastamento das colônias Sul Americanas com seus colonizadores, ambos os lados estavam ocupados em intervir em movimentos nacionalistas, guerras civis e revoluções internas. Em 1825 o Brasil se tornou “independente” de Portugal em troca de assumir a dívida externa que os lusitanos tinham com a Inglaterra. A coisa foi assim: Portugal devia uma quantia exorbitante para os ingleses, mas não tinham como pagar. Os ingleses sugeriram que os portugueses negociassem a libertação do Brasil em troca do valor da dívida,o que nem era necessário, pois Portugal estava enfraquecido e iria perder o Brasil de qualquer maneira. O império português veio e negociou com os líderes revolucionários do Brasil (os quais eram portugueses).Ora, o Brasil não tinha como pagar aquela fortuna em dinheiro! Foi então que a Inglaterra veio e propôs um empréstimo no valor do preço da libertação cobrado por Portugal. Os portugueses que viviam no Brasil aceitaram o empréstimo por que eles naquela época não eram otários,pois se porventura os brasileiros hostilizassem os portugueses, os portugueses cairiam fora e deixariam o balaio em nossas costas.Apesar de que, de uma forma ou de outra eles fizeram isto. O Brasil se encalacrou no empréstimo, pagou Portugal, Portugal pagou a Inglaterra e aqueles que eram governantes enriqueceram e se picaram e os escravos que permaneceram...
A Espanha perdeu todas as suas colônias exceto Cuba e Porto Rico. Durante o final do século XIX e o início do século XX novas potências expansionistas emergiram: Alemanha, Estados Unidos, Bélgica, Itália, Japão e Rússia, tornaram-se as mais novas potências colonialistas, expansões terrestres (como fizeram os Estados Unidos e o Brasil), absorveram e expulsaram as populações indígenas. A Rússia penetrou a Sibéria, O Cáucaso e o leste da Ásia e também o sul a península da Coréia, porem foram detidos pela guerra entre a Rússia e o Japão em 1905. A Europa Ocidental iniciou a divisão da China através da Guerra do Ópio, patrocinada pela Bretanha para proteger os comerciantes britânicos que estavam exportando ópio da Índia para china. Após o Tratado de Nanking (1842), a França, os Estados Unidos e a Rússia asseguraram semelhantes tratados de entrada. a África foi outro estágio para a nova onda do imperialismo. Antes de 1880 havia muito poucas possessões coloniais na África, porem desde 1900 o continente foi quase totalmente controlado pelas potências européias. Desde o início a Algéria Francesa bem como na construção por parte dos franceses do Canal de Suez e a subseqüente tomada do Egito pela Grã Bretanha, a expansão para o interior da África sub-saariana produziram entidades coloniais tais como: Congo Belga, África Equatorial Francesa, Tanganika (África Oriental Alemã), e a tão famosa África do Sul, onde os britânicos ganharam soberania sobre o Transvaal e o Estado Livre de Orange após a Guerra dos Bôeres (1899-1902). Após a I Guerra Mundial, Grã-Bretanha e França tomaram controle dos países do Oriente Médio antes pertencentes ao Império Otomano. Entre a I e a II Guerra Mundial, a maioria dos sistemas coloniais, estavam politicamente exaustos ou a beira da revolta. A Revolução Russa e vários movimentos nacionalistas contribuíram para estimular a instabilidade política. Alem disto, o processo de modernização econômica desgastou o já antiquado método de dominação militar paternalista.Lá pelo fim da Segunda Guerra Mundial, o controle colonial europeu na Ásia, foi contestado pelo Japão e foi inexoravelmente invalidado. Desde 1945, após terem sugado tudo o que puderam, o processo de descolonização ocorreu rapidamente. A Grã-Bretanha começou a desmantelar seu império. Índia e Paquistão receberam independência em 1947 e foram seguidas por todas as colônias negras britânicas que obviamente ainda existiam na África após 1956; Chipre e Malta foram libertadas na década de 60, A Inglaterra abandonou o Golfo Pérsico em 1971 e a Marinha Real Inglesa deixou Singapura no mesmo ano. O processo de descolonização francês foi menos pacífico, marcados por guerras na Indochina, Marrocos, Tunísia e Algéria. Bélgica, Portugal e Holanda desistiram das suas últimas possessões nas décadas 50, 60 e 70.
O atual processo de colonização é muito mais eficaz que os processos outrora adotado e também muito menos dispendioso. O atual método consiste em introduzir um “sifão” econômico que suga as riquezas naturais e exaure a balança comercial dos países mais fracos, impedindo assim que qualquer um deles consiga ter hegemonia sobre os países ricos e mais poderosos. Moralmente não há nada que impeça o Brasil a se tornar uma potencia colonialista no terceiro milênio. Basta observar que até mesmo os países baixos foram um dia colonialistas e não há outro meio de se fazer um país alcançar o padrão de vida de primeiro mundo sem que forçosamente tenha que espoliar outro país mais fraco. Foi assim no passado, é assim hoje e será assim sempre!!! Somente os mais fracos acreditam que a vitória pode ser alcançada sem derramamento de sangue e sem vítimas fatais. Muitos têm que sofrer nos países subdesenvolvidos, para garantir ótima qualidade de vida nos países do norte. Nenhum outro sistema é mais perfeito do que o Capitalismo Selvagem. Se alguem souber de algum que me prove!!!
11.6.03
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